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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Da Índia com Amor...

Queridos,

tenho que confessar que esta mensagem, são pedaços de um e-mail que acabo de enviar a Paula. Mas não tenho tempo suficiente para escrever tudo novamente, a cada um dos que amo, pois sou uma pessoa que ama demais... e precisava escrever em particular para minha irmãzona, que está finalmente virando gente grande e decidiu voltar a sala de aula pelas próprias pernas! Que orgulho que eu tenho dela por isso!

Mas a verdade é que meu trem sai dentro de meia hora e não quero perdê-lo.

Por essa razão, também quero pedir que deixem de lado, as preocupações com os erros no português... quero que busquem abrir os olhos: Vivam e apreciem a vida! Cada um sabe onde lhe aperta o sapato é porque reclamamos de coisas na nossa vida que imaginamos são horríveis... mas, em algum momento, quando eu consiga expressar-me mais claramente, pois agora me encontro cheia de pensamentos sobre este lugar e esta gente tão, tão brava, que em algum momento poderei explicar melhor o que acontece a alguém como eu, ao encontrar pessoas, que ao mesmo tempo têm tudo para reclamar da vida, porém, simplesmente vivem cada dia sem fazê-lo!!!

Mãe relaxa!!! Por aqui, está tudo indo bem, ok?

A India é o lugar mais impressionante que eu já vi na minha vida....
impressionante em todos os sentidos, porque toca todos os seus sentidos e emoções de uma só vez! Estou pensando em montar um livro de fotografias e algumas coisas escrita. (Relaxa mãe, ainda não é pra chamar a gráfica, ok?) Tem minutos em que odeio tudo aqui: a multidão, o barulho, a sujeira, pessoas gritando, pedindo esmola, me puxando pelo braço pra ver uma criança cheia de catarro, com os bracos torcidos nas costas, cheiro de cocô, epaaaa tem gente fazendo xixi do lado na minha mochila! E logo mais na frente, tem uma crianca cagando!

E em outros momentos, eu quero abraçar todo esse lugar, essa gente, entender como mesmo dentro dessa miséria incrível o coração ainda pode ser mole e deixar escapar os lindos sorrisos que tenho visto, alguns desdentados, alguns tão brancos que ofuscam a visão. Pessoas que me oferecem o pequeno pedaço de pão que eles têm nas mãos pra dividir no trem. Pessoas que pensam que eu sou super womam, porque eu e James viajamos juntos e ainda nao somos casados! Pessoas que simplesmente querem tocar a minha pele, porque nunca viram uma tão branca... ou querem tocar os meus cabelos porque acham que eu estou envelhecendo de pressa e estou ficando com cabelos brancos... pessoas que nunca escutaram falar em América do Sul, mas que mesmo falando simente 3 palavras em ingles, querem descobrir tudo o que eu tenho para contar e traduzem, a cada dois minutos, as mesmas 3 palavras que eles entendem, para uma platéia de ouvintes interessados dentro do trem....

Ai!!! Os trens... como eu odeio os trens! Mas sem eles nao amaria a viajem. Cheiram mal, vão sempre lotados de gente que gritam, cantam, com crianças que choram e imploram colo o tempo todo.... mas ao mesmo tempo é onde vejo melhor o coração das pessoas. Pois, já que estão embarcando na mesma viajem, elas decidem que vão fazer com que as intermináveis horas, sejam as mais prazerosas do mundo!

Sao incríveis, difíceis, porém inacreditáveis!

Não é fácil, cada vez que eu olho a rua aqui, eu digo pra mim mesma: Viver para mim não é facil, tenho que lutar cada dia, mas se fosse nessas condições seria impossível! Fico tentando entender como eles fazem para viver e serem felizes cercados de tanta miséria... Vejo velhinhas e velhinhos de 50 ou mais anos com várias caixas ou bolsas em cima da cabeca, e eu me pergunto como podem andar?! E no entanto a vida segue, elas vão devagarinho, mas seguem, as vezes, fazendo isso o dia inteiro para ganhar 3 dólares no final do dia... se tanto!

Um dia dentro de um rickshaw (nada mais é que um triciclo motorizado e coberto - funciona como taxi, e às vezes como onibus também.... deveriam caber somente 2 pessoas no banco de trás, mas eu já vi alguns desses, com até 14 pessoas dentro!) Conversando com o James, falávamos sobre como é incrível, que mesmo dentro do que parece uma situação caótica (porque o trânsito aqui é caótico - centro do rio na sexta-feira às 6 da tarde é um passeio no parque) eles se entendem. Se esse trânsito fosse em qualquer país considerado desenvolvido, as pessoas se matariam a tiros e de porrada o tempo todo. Aqui eles tocam a buzina, se você sabe tocar a buzina, você pode tirar a carteira de motorista, na India. Mas voltando ao rickshaw, quando conversávamos sobre esta incrível característica dos Indianos, de encontrarem ordem na mais profunda desordem, o motorista virou-se pra trás, olhou dentro dos meus olhos e disse que a vida não para pra gente entender o que acontece... você tem que aprender, vivendo cada dia de cada vez. Aí ele apontou para uma carroça que estava coberta com um manto dourado e me disse: Vê aquela carroça está levando uma pessoa morta pra ser cremada no rio Ganges. Para você a vida dele acabou, mas para ele, ela está apenas começando e ele está aprendendo a renascer no seu caminho ao Ganges, ou localmente conhecido como Ganga(eu já escutei várias traduções para esse nome, mas dentro de uma delas esta O Rio que da Vida).

Bom, eu vou salvar essas palavras para o meu livro, haha semana que vem eu te digo se isso e verdade ou nao.... se eu ja comecei a escrever alguma coisinha...

Mas a verdade é que penso em fazer algo muito visual, muitas fotos e algumas palavras... poucas, porque aqui o ditado é realidade: uma imagem vale mais que mil palavras!!!

Em algum momento que eu encontre uma internet decente, mandarei fotos.

Fiquem com Deus,

Muitas saudades,

Com amor,

Raquelzinha

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

"Nas dificuldades eu me supero..."

Graças a Deus, hoje, estou bem! Esse texto abaixo, inicialmente, eu o escrevi para postar numa comunidade do orkut - faço parte do orkut porque acredito que é uma rede de relacionamentos que aproxima pessoas que estão fisicamente distantes, mas que desejam manter o contacto sempre vivo. E também, por ser uma ferramenta interessante para localizar, em instantes, pessoas que nunca deixaram de ser importantes, mas que perdemos de vista, em algum momento de nossas vidas. Ainda sobre esse novo texto, fiz uma releitura e acreditei que ele poderia ser útil para alguém que está precisando de uma força a mais. Então, resolvi compartilhar e adaptei pequenas modificações, para oferecer aos leitores aqui do blog.


Tudo que é difícil sempre nos impõe limitações!

Qualquer dificuldade tem uma barreira a ser vencida e traz sensações estressantes, como sofrimento e medo. Já enfrentei várias fases difíceis... vocês não teriam paciência... a lista é extensa! Se me acontecer um momento difícil, penso logo em procurar no fundo da minha alma, aquela força, que a gente nunca sabe que tem, mas que está lá!

E se eu pressentir que estou perdendo o prumo, procuro visualizar um objetivo e focalizar a linha do horizonte. É um exercício de que gosto muito!

Sempre consigo enxergar o problema como algo superado e nunca duvido que chegará o tempo dele passar! Firmo bem o pensamento e espero, aprumada na meta que desejo alcançar.




Com os olhos fixos, lá na frente, trabalho na direção do futuro, acreditando que tenho forças para vencer o presente! Não fujo dos momentos complicados! Eu os enfrento! Mas procuro deixá-los onde merecem ficar: no passado!

Aprendi na adversidade, que podemos vencer o problema e deixá-lo para trás. Mas para cruzar essa linha do tempo, devemos lutar com dignidade e tomar iniciativas importantes:

1. Reconhecer que precisamos de fé e muita coragem!

2. Redescobrir a sabedoria que está dentro de nós e usar a lição extraída da dificuldade!

3. Absorver, tanto quanto quanto for possível, toda a riqueza do crescimento espiritual e armazenar para o futuro!

Colaboradores